“Circuito Preta Gil”: Carnaval de Rua do Rio ganha nome em homenagem à artista que transformou a festa carioca

“Circuito Preta Gil”: Carnaval de Rua do Rio ganha nome em homenagem à artista que transformou a festa carioca

Por SAPUQUEI

A partir do Carnaval 2026, o coração do carnaval de rua do Rio de Janeiro terá um novo nome oficial: Circuito de Blocos de Carnaval de Rua “Preta Gil”. A homenagem eterniza a artista que revolucionou os megablocos na capital fluminense, e foi formalizada pelo Decreto Municipal nº 56.446, publicado nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial do Município.

Preta Gil, que faleceu no último domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos, agora dá nome ao principal trajeto do carnaval de rua da cidade – um reconhecimento póstumo à sua contribuição cultural, social e artística.

Segundo o decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes, a artista foi decisiva para a retomada do carnaval popular nas ruas do Centro do Rio, criando em 2009 o icônico Bloco da Preta, que passou a atrair milhões de foliões ao longo dos anos.

“Preta Gil é artista fundamental na defesa da livre expressão artística e da dignidade de todos os corpos, raças e crenças na cultura brasileira”, diz o documento, que também ressalta sua atuação como mãe, filha, amiga e símbolo de afeto e generosidade.

Como será o “Circuito Preta Gil”

O circuito compreende o trajeto já conhecido dos megablocos e segue os seguintes pontos:

Concentração: Rua Primeiro de Março (entre a Rua do Rosário e a Rua do Ouvidor) Desfile: Avenida Presidente Antônio Carlos Dispersão: Avenida Presidente Antônio Carlos, na altura da Rua Araújo Porto Alegre

A operacionalização do circuito será feita pela Riourbe, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), Guarda Municipal e demais órgãos responsáveis pela infraestrutura e segurança.

Legado eterno

A sugestão de nomear o circuito com o nome de Preta Gil partiu do jornalista Rafael Godinho, amigo próximo da cantora. Em vida, Preta defendeu a cultura popular e deu voz a pautas como o antirracismo, o feminismo e os direitos da comunidade LGBTQIA+. Sua perda comoveu o Brasil, mas sua influência segue viva nas ruas onde fez história.

O novo nome eterniza não apenas a artista, mas também o símbolo de resistência e alegria que ela representava para milhões de brasileiros.

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