CAMALEÔNICO: A IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE ANUNCIA NEY MATOGROSSO COMO ENREDO PARA O CARNAVAL 2026

CAMALEÔNICO: A IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE ANUNCIA NEY MATOGROSSO COMO ENREDO PARA O CARNAVAL 2026

A Imperatriz Leopoldinense revelou sua aposta poética e arrebatadora para o Carnaval 2026: o enredo “Camaleônico”, uma ode à trajetória, à voz e à ousadia de Ney Matogrosso, ícone absoluto da música popular brasileira e símbolo de liberdade artística, sexual e performática.

Assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira, o enredo mergulha profundamente no imaginário estético e simbólico que Ney construiu ao longo de cinco décadas de carreira. Um artista inclassificável, capaz de se transfigurar e encarnar múltiplas figuras, Ney é apresentado como um mito libertário, um grito que escapa à censura, uma divindade da subversão, a voz dos que não têm voz.

UM CORPO, MIL PERSONAGENS

A sinopse percorre a trajetória camaleônica do artista desde os tempos do revolucionário grupo Secos & Molhados — que já anunciava um novo tempo para a música e os corpos no palco — até a construção de suas personas mais marcantes, como o bandido andrógino, o anjo safado, o pavão misterioso e o homem com H. Através desses símbolos, Ney se torna a performance masculina dos afeminados, a porção mulher dos malandros, o canto dos desgarrados e a chave dos trancados nas gaiolas.

POT-POURRI VISUAL E MUSICAL

“Camaleônico” propõe um desfile que funcionará como um grande pot-pourri visual e sonoro, onde clássicos da MPB eternizados por Ney conduzem a narrativa imagética. Canções como Sangue Latino, Mulheres de Atenas, Rosa de Hiroshima, Balada do Louco, O Vira, Pavão Mysteriozo e tantas outras serão evocados como trilha para retratar os personagens híbridos, os gritos sufocados e a resistência em forma de beleza.

Ney é visto como um “pescador de pérolas”, que transforma seu repertório em flechas de contestação e lirismo. Sua obra serve como alegoria para o corpo em disputa, para o grito que escapa, para o prazer como arma política e estética.

UMA FOLIA LIBERTÁRIA

No desfecho, a Imperatriz propõe uma grande celebração solar: uma festa tropical, libertária, provocadora, onde se canta Pro Dia Nascer Feliz, se dança Nu com a Minha Música, e se desfila como quem desafia o juízo e os limites. Trata-se de um convite ao prazer e ao delírio, ao “jardim tropical de acrobacias amorosas”, ao bloco da diversidade, da contracultura e da afirmação.

Com referências à iconografia queer, à androginia, à contraviolência, e às camadas políticas e estéticas da obra de Ney Matogrosso, a Imperatriz propõe muito mais que uma biografia: ela promete um manifesto de liberdade em forma de samba-enredo.

CARNAVAL COMO PALCO DA TRANSFORMAÇÃO

A Imperatriz Leopoldinense, que já emocionou com homenagens a figuras como Arlindo Rodrigues, Lamartine Babo e a cultura do Nordeste, agora faz do carnaval um palco de resistência e pluralidade, celebrando um artista que, com sua voz, corpo e coragem, ousou ser o que queria ser — e nos ensinou que isso também é possível.

O desfile promete ser um espetáculo de arte e política, um manifesto em forma de alas, carros e fantasias. Em 2026, Ney Matogrosso será o Camaleão que cruzará a Marquês de Sapucaí envolto em lantejoulas, liberdade e poesia.

🟩 Imperatriz Leopoldinense – Carnaval 2026

🎭 Enredo: Camaleônico

🎨 Carnavalesco: Leandro Vieira

🎤 Homenageado: Ney Matogrosso

Um desfile para cantar, transgredir e se transformar.

Créditos Leonardo Queiroz

Divulgação Imperatriz Leopoldinense

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